terça-feira, 10 de abril de 2012

Tá ruço? Não, tem estrogonofe russo!!!

Que beleza abrir os trabalhos de um jantar digno de príncipes russos com uns piroshkis, poder beber um shot de vodca bem gelada acompanhando um caviar...Beluga, sim senhor, por que não? 


Quando o luxo bate à sua porta e vai parar na sua mesa comunitária, por obra do destino, relaxe. É de bom gosto. 




A bonequinha russa da foto, na verdade um abafador de chá, é uma relíquia dos anos sessenta. Mas não é que o ubíquo estrogonofe, hoje presente em qualquer botequim brasileiro, não chegou por aqui Stroganov ou Stroganoff, também nessa época? 


De lá pra cá, sei que sofreu algumas violências, transformando-se até numa mistura pouco confiável de picadinho de carne com molho de ketchup e creme de leite de caixinha ou lata(socorro!).


Hoje, para os carnívoros unidos em torno dessa boa causa, recupero a receita original, a mais russa: em primeiro lugar, a carne deve ser cortada em tiras finas, apenas salpicadas de sal e pimenta-do-reino. 


Numa frigideira grande, wok ou panela, vou saltear a carne, em fogo alto, num pouco de manteiga. Na mesma panela, douro umas cebolas com cogumelos de paris frescos e fatiados. Depois, junto-os à carne reservada. Rego o conjunto com um cálice de conhaque, e flambo. Acrescento o creme de leite fresco, uma colher de boa mostarda Dijon e salsinha picada. Sirvo bem quente, com arroz branco fumegante, como se fosse um preparo para enfrentar uma travessia transiberiana.


Assim, numa versão retrô, mas genuína, o estrogonofe é ideal para um jantar grande, com muitos amigos, de todas as idades e ideologias. Mesmo no outono, com as águas de março fechando o verão.





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