sábado, 3 de março de 2012

Salve a sálvia!!!

 






A sálvia é um potente antioxidante. Ok, legal...e daí?


Precisamos, cada vez mais, de alimentos que equilibrem a descompensação causada pelos radicais livres. Para combatê-los, recorremos aos antioxidantes. 


Ah, sim, só pra situar quem está chegando agora, os radicais livres são um subproduto das gorduras que comemos, do medo que sentimos, da raiva que alimentamos. Não sobra quase ninguém, quer dizer, é um problema que nos une, de-mo-cra-ti-ca-men-te. 


Algumas receitas insuspeitas podem nos dar o caminho para usar e abusar do que nos pode salvar.  


Para nós, aqui ao sul do Equador, a sálvia é erva exótica, mas que em tempos globalizados, em que o mundo se pasteuriza, pode-se considerar de consumo universal porque é erva fina que pode brotar em qualquer horta. Praticamente.



Quem já comeu nhoque de abóbora com manteiga de sálvia, sabe que é, nossa, uma delícia!...e, em doses exatas, a sálvia, que é uma erva pungente, ayurvedicamente falando, curativa, sem deixar de ser aromática, confere à abóbora adocicada o equilíbrio de sabores de que o nosso corpo precisa.


A receita do gnocchi di zucca segue a bíblia da cozinha italiana, Il cucchiaio d'argento. Para 4 pessoas, 500g de abóbora cozida no vapor ou com pouca água ou, ainda, assada no forno. Deixar esfriar, juntar 1 ovo, sal e 200g de farinha. Amassar bem e formar umas bolinhas, ou melhor, os gnocchi, com a ajuda de uma colher pequena. Cozinhar em água fervente até que bóiem, recolher com um escorredor e passar, imediatamente, sob água fria. Na hora de servir, mergulhar de novo, por 2 ou 3 minutos, na água fervente, escorrer, distribuir nos pratos de servir, regando-os com manteiga derretida com folhinhas de sálvia. Não muitas, umas cinco bastam. 100g de ricota defumada, de boa qualidade, podem ser adicionados ao final, como confetes. Um vinho branco, pouco perfumado, é o acompanhamento perfeito. Tim-tim!


Do nhoque, podemos partir pra uma hamburguesa, acrescentando pimenta-do-reino moída na hora, sal, granola (usei, recentemente, a "maravilha do universo", feita em Piracanga pela Maíra, surfista e permacultora carioca que ficou por lá, mas use a granola ao seu alcance, a de sua preferência ou faça você mesmo), e grelhando-as pinceladas de azeite. Acompanhadas de couve à mineira ou salada verde, esse hamburguer fica completo.   


Aproveito pra lembrar que na sopa de milho dos xamãs(ver post de 30/05/11) é também a sálvia que dá o tom.    

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