domingo, 21 de outubro de 2012

Uma salada portuguesa, com certeza




Comece por ouvir Cuca Roseta cantando Rua do capelão. Clima é tudo, ou quase. É lindo de morrer! 

Preparo um Porto tônico, já um clássico aqui em casa. Uma dose de vinho do Porto branco e o dobro de água tônica, cubos de gelo e um pedaço de casca de limão. É um achado como aperitivo.

Hoje, se estivesse em Portugal, faria uma salada de folhas com fatias bem finas de bacalhau defumado. 

Aqui, à défaut, embora não seja coisa nossa, faço com hadoque (ou haddock mesmo? Ler, à propósito, no Publishnews, coluna da Gabriela Erbetta sobre tradução de ingredientes)ou salmão defumado (embora esteja difícil de encontrar um que não seja defumado só com aromas artificiais e em excesso). 

Sobre as folhas de alface romana, rúcula, alface roxa, agrião, distribuo as lâminas de peixe e, por cima, umas fatias finas, quase fiapos, fios crocantes de alho-poró fritos em azeite. O tempero da salada é o vinagrete básico: azeite, sal, pimenta moída na hora, e gotinhas de limão, sempre na proporção de um para três: uma medida de limão ou vinagre para três de azeite.

Para acompanhar, um bom pão de campanha, de centeio, qualquer um, tudo, menos um pão branco sem personalidade ou torradinhas prontas e artificialmente temperadas. 

Agora, silêncio, que vai se ouvir o fado!




Depois, sinceramente tocada por essa voz, a alma saciada, percebo que o corpo pode esperar até amanhã para comer de novo.  

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