segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mudança de paradigma: não são (só) os apressados que comem cru



O cru e o cozido (v. a publicação de Le cru et le cuit, em 1964, pelo antropólogo francês Claude Lévi-Strauss) dividia natureza e cultura.  


Hoje, a comida crua - viva, aqui no Brasil - foi apropriada por muitas tribos, ditas civilizadas, e é uma tendência mundial, bem difundida entre os vegetarianos e veganos, mas não só. Que o digam os carpaccios de carne e peixe, os steaks tartares, os ceviches, sushis, sashimis, gravlax... que são criações de várias cozinhas, através do tempo, para os carnívoros (e bárbaros) de todo o mundo. 


Mas aqui estamos falando da comida que tem um compromisso com os produtos orgânicos, frescos, produzidos localmente, de preferência, sem aditivos. A verdadeira comida natural que nutre e gera uma energia dinamizada.


A dieta crua, parcial ou total, exige alguns cuidados especiais: a escolha de produtos de boa qualidade, a higienização dos vegetais e das frutas, e a atenção com que se prepara cada alimento. A única lei é lembrar sempre que a energia transmitida no preparo transforma a comida... e que comemos também essas vibrações. Pense nisso.


Fica a proposta de reflexão, e vamos às receitas!


Gosto muito do taboule tradicional, mas o taboule de couve-flor é fresco e leve. Substituo o triguilho por couve-flor triturada no liquidificador (crua, claro), algumas gotas de sumo de limão, um fio de azeite, cubinhos de tomate, folhas de hortelã e salsa, picadinhas, sal e pimenta. 


Para o espaguete de abobrinha com molho de tomate, corto as abobrinhas no sentido do comprimento, o mais fino possível. Corto um pimentão vermelho, sem as sementes, em cubinhos. Reservo. Para o molho, bato no liquidificador 2 tomates sem peles e sementes com uns 4 tomates secos. Arrumo o molho no fundo do prato, por cima as abobrinhas, umas folhinhas de funcho, gotas de um bom azeite, fleur de sel e pimenta-do-reino moída na hora.


O cru, numa nova perspectiva, é a comida do futuro, não poluente, frugal, e transformadora. Voltaremos a falar disso. Queremos as mudanças, e temos pressa!




    

Um comentário:

  1. Adorei....to totalmente de acordo! Estou sempre ligada no seu blog, mas esse post me passou despercebido só fui ver agora!=)

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