Chamem os xamãs, que eu vou fazer uma sopa de milho verde.
Preparo o caldeirão. Sei que o milho é um alimento que fortalece o corpo e o espírito. E todos os xamãs, de todos os povos, de todas as tribos, sabem que o milho tem seu valor. É alimento de criança e de guerreiro.
Dois dentes de alho socados com 3 folhas de sálvia vão ser refogados num bom azeite, no fundo do caldeirão. As espigas de milho, raladas. Umas 4 ou 5. Junto a elas um pouco de leite, e espremo naqueles coadores de comida viva. Um pedaço de pano fino também faz o serviço.
Vou cozinhar o "leite" de milho junto com o azeite já perfumado pelo alho e pela sálvia. E acrescento um pouco d'água, aos poucos. Vai virar um anguzinho mole, e aí vou diluindo com mais água. E confirmo o cozimento com mais alguns minutos ao fogo. Tempero com sal e pimenta-do-reino moída na hora. Algumas folhas de sálvia fritas no azeite enfeitam o conjunto, e um pouco do melhor queijo parmesão disponível pode ser servido à parte.
Melhor seria servir a sopa de milho numa oca com vista para o mar. Se tiver uma lua no céu, é sinal infalível de boa sorte. Experimente. Com ou sem lua. O céu da boca vai se encher de estrelas, decerto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário